No passado dia 2 de março, a nova comunidade Women in ESG – Portugal realizou o seu 1º evento na Casa do Impacto. Contou com uma sala cheia e a presença do humorista Nuno Markl, a pintora Jacqueline de Montaigne e a especialista em ecologia e biodiversidade Helena Freitas, para falar de questões sobre igualdade de género e biodiversidade e foi alvo de uma reportagem do jornal Expresso.

Esta comunidade fundada por três mulheres – Alice Khouri, Filipa Pantaleão e Rita Rendeiro – pretende juntar numa mesma plataforma um conjunto de pessoas com diferentes valências nas áreas de ESG (sigla inglesa para ambiente, responsabilidade social e governança).

 

A ideia deste projeto partiu da brasileira Alice Khouri, que realçou:

  • > Ser necessário eficiência e melhor gestão dos recursos internos para alcançar resultados, sendo que a igualdade de género (num cenário em que temos de acelerar o ESG) é uma questão de eficiência!
  • > Ser necessário gerir os recursos internos convocando toda a capacidade e competência técnica existente!

 

A lista da comunidade do Women in ESG já tem 272 mulheres, sobretudo administradoras, diretoras e técnicas de empresas com alguma relação à área de ESG em áreas diversas como engenharia, biologia, ecologia, direito e até a das artes!

 

Filipa Pantaleão explicou os objetivos desta comunidade:

  • > Mexer com o status quo existente em Portugal e Abrir o caminho para a sustentabilidade de forma multidisciplinar!
  • > Abrir-se ao mundo corporativo através do lançamento de um trio de talks relativas ao ESG, uma para cada uma das letras E, S e G, uma letra por cada mês (abril, maio e junho), sendo que a ideia será perceber o que está a ser feito de forma eficaz, e quais as dificuldades das empresas, sempre com a igualdade de género como pano de fundo!

 

Helena Freitas, professora catedrática do departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra e detentora da Cátedra UNESCO em Biodiversidade e Conservação para o Desenvolvimento Sustentável, evidenciou que:

  • > Os ESG estão a impregnar as empresas e as corporações e que há uma revolução em curso, mas ainda há um longo caminho a percorrer em termos de ecologia e biodiversidade!
  • > O desafio do sistema alimentar é central para o futuro (só nos últimos 20 anos anexámos mais 10% do planeta à produção alimentar)!
  • > É necessário alinhar a economia e a ecologia assumindo o compromisso da última COP, de passarmos a ter 30% de aéreas protegidas de terra e mar!

 

Jacqueline de Montaigne, autora de Language of Flowers/ Língua das Flores, o mural escolhido este ano pela Street Art Cities, como um dos 100 melhores do mundo e a primeira mulher portuguesa nomeada para este prémio, afirmou que ainda há um longo caminho a percorrer para se assegurar igualdade entre homens e mulheres no mundo das artes:

  • > São menos de 15%, as mulheres representadas nos festivais!
  • > Apenas 30,7% dos artistas vivos representados em galerias na Europa e América do Norte são mulheres!
  • > Dos 100 trabalhos mais caros vendidos no mundo, nenhum deles foi feito por uma mulher!
  • > Um estudo da Forbes calculou que dos 196,6 mil milhões de dólares gastos em leilões entre 2008 e 2019, apenas 2% do valor eram de obras de arte de artistas mulheres!

  

Também a nossa Casa se faz de uma comunidade de POWERFUL WOMEN! Conhece aqui alguns dos exemplos de Mulheres Founders, Co-founders, CEO’s, COO’s e Promotoras de Startups de Impacto entre tantas outras cujo trabalho iremos continuar a evidenciar e agradecer…

 

SABE+ sobre:

Gender Equality in the Workplace (mit.edu) – artigos da biblioteca SMR do MIT focados em promover a igualdade de género e o progresso nas organizações, reduzindo o viés na contratação e promoção e apoiando a saúde física, mental e emocional na força de trabalho.

In focus: International Women’s Day | UN Women – Headquarters – Neste dia Internacional das Mulheres, a ONU através da IWD, reconhece e celebra as mulheres e meninas que defendem o avanço da tecnologia transformadora e da educação digital. Os objetivos são: explorar o impacto da lacuna digital de género no aumento das desigualdades económicas e sociais e destacar a importância de proteger os direitos de mulheres e meninas nos espaços digitais bem como abordar a violência baseada em género facilitada por TIC e on-line.

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Sinal de neon com as palavras "Wish you were here"