O Impact Month, promovido pela European Venture Philanthropy Association, doravante EVPA, foi pensado como um espaço para a comunidade de impacto se reunir para aprender, compartilhar e se conectar com outros players em todo o mundo para maximizar seu impacto social. Através de vários eventos ao longo do mês de novembro explorou-se como o investimento no impacto pode ser uma força motriz para a recuperação e transformação da sociedade e como os líderes de impacto, fundos de impacto, provedores de capital privado e público, investidores sociais corporativos e outros podem mobilizar os seus recursos em prol de uma sociedade melhor e mais colaborativa.

A 09 de Novembro ocorreu a EVPA Annual Conference, em formato online, um evento onde foram partilhadas perspetivas inspiradoras de thought leaders e onde se discutiu a recuperação e transformação social. António Miguel, Managing Partner da Maze, aceleradora parceira da Casa do Impacto, participou no painel Funding for funds: how to mobilise resources for additionalists, no qual se enfatizou a crucialidade da diferenciação entre fundos de impacto que têm a intenção de gerar um impacto positivo e mensurável (ou seja, investing with impact) e aqueles que abraçam a additionality (ou seja, investing for impact).

No curso intensivo Investing for Impact Crash Course, a 10 de novembro, foram partilhadas as bases do investimento de impacto (incluindo filantropia de impacto e abordagens de investimento de impacto) como uma das estratégias mais eficazes para resolver os principais desafios sociais que surgiram nos últimos anos e culminaram na crise da Covid-19. Neste curso apresentaram-se dados recentes sobre o mercado de impacto e uma visão geral dos provedores de capital ativos no ecossistema, para além de se terem discutido as principais práticas de investimento para impacto, como medição e gestão de impacto, financiamento sob medida e suporte não financeiro.

A Casa do Impactou rumou à cidade invicta nos dias 15 e 16 de novembro para os eventos finais do Impact Month. A 15 de novembro decorreu o Investors for Impact Forum, um evento intimista e exclusivo para convidados, que reuniu 150 provedores de capital de nível sénior no bonito Edifício da Alfândega, que discutiram como mobilizar recursos para a recuperação, bem como orientações estratégicas, do setor de impacto. Através de diversos painéis, com speakers como Filipe Almeida, Presidente do Portugal Inovação Social, Margarida Couto, CEO da VdA, Cliff Prior, CEO da The Global Steering Group for Impact Investment, Emma Ursich, Group Head of Corporate Identity and the Human Safety Net Foundation na Generali, entre muitos outros, foram apresentados vários casos reais de boas práticas e partilhadas visões para o caminho a seguir pelo ecossistema de impacto.

A colaboração e a partilha de ideias entre os vários participantes foi uma prioridade neste Fórum, onde várias mesas-redondas foram dinamizadas para que todos pudessem ter a oportunidade de refletir ativamente acerca das tendências de investimento e das medidas a tomar para acelerar a recuperação e a transição para uma sociedade inclusiva.

Inês Sequeira, Diretora da Casa do Impacto, subiu ao palco da conferência para dar a conhecer o que de melhor se faz no nosso país na promoção do ecossistema de impacto e para partilhar com a plateia de investidores nacionais e internacionais a atividade do hub de inovação lisboeta. Mas a participação da Casa do Impacto não se ficou por aí, com oito startups da Comunidade a marcarem presença no evento – DiVERGE Sneakers, NEVARO, MAD Panda, <​Academia de Código_>, ubbu – code literacy, MyPolis, Manicómio,The Equal Food Co. – e a aproveitarem a oportunidade única de criar laços e fortalecer contactos com inúmeros investidores.

A C Summit, a 16 de novembro, encerrou o Impact Month, um dia de encontro com os principais atores da filantropia corporativa europeia e do investimento social no qual se aprofundou o papel único e vital dos investidores sociais corporativos para o impulsionamento do impacto social e se questionou como é que os recursos corporativos podem ser mobilizados ao mesmo tempo que preservam a integridade do impacto. Este foi mais um dia marcado pela intensa colaboração entre participantes, que sabem que as mudanças climáticas e o aumento das desigualdades sociais exigem a mobilização de mais recursos para o impacto social, e que embora o setor privado tenha muitos recursos que poderiam desempenhar um papel vital no desenvolvimento de soluções duradouras e sustentáveis, um capitalismo de partes interessadas que sirva a todos está longe de se tornar realidade.

Para a Casa do Impacto, este evento, foi uma oportunidade para nos voltarmos a encontrar com parceiros e amigos do ecossistema e para conhecer várias entidades de relevo que, ao fazerem ativamente parte deste ecossistema, podem tornar-se aliados na missão desta Casa.

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