A Casa do Impacto esteve à conversa* com Alberto Mojtar e Lukas Friedemann, co-Founders da The Equal Food Co., um dos 3 projetos finalistas do programa de aceleração Rise for Impact.

*a entrevista foi conduzida em inglês; todas as respostas presentes nesta entrevista são uma tradução livre das respostas originais

 

A The Equal Food Co. visa combater o desperdício alimentar e fazer com que todos os alimentos sejam valorizados, minimizando o desperdício e gerando valor. Trabalham com produtores e empresas para redirecionar produtos destinados a resíduos para novos mercados, construindo uma cadeia alimentar mais sustentável e sem excedentes de produtos.

 

Como surgiu a ideia de criação deste projeto?

A The Equal Food Co. nasceu de uma viagem à volta do mundo. Experimentando em primeira mão como a pobreza alimentar afeta os países em desenvolvimento e como o desperdício não é uma opção, ficamos chocados ao ver como, nos países ocidentais, o desperdício é a norma, simplesmente porque podemos dar-nos a esse luxo. E assim embarcamos numa missão para mudar isso.

 

Como tiveram conhecimento do Rise for Impact? O que é que vos impulsionou a participar?

Conhecíamos algumas pessoas que faziam parte do ecossistema da Casa do Impacto e parecia ser espaço do qual queríamos fazer parte, então avançamos com a nossa candidatura.

 

Em que fase estava o vosso projeto no momento da candidatura?

Estávamos numa fase inicial, a construir uma plataforma e a trabalhar com restaurantes. Desde então, muita coisa aconteceu e voltamo-nos para um negócio virado para o consumidor com resultados muito bons e um impacto exponencial.

 

Em 3 palavras com descreveriam a vossa experiência no programa de aceleração?

Inspiradora (ver outros projetos a lutar pela mudança), Profunda (tivemos realmente que questionar muitas coisas que estávamos a fazer) e Frutífera (os resultados são a resposta, com um crescimento de 5x desde que iniciamos o programa).

 

De que forma a Capacitação contribuiu para o desenvolvimento do projeto?

Financeiramente ajudou-nos muito num momento em que necessitamos, quando os restaurantes estavam a fechar e estávamos a repensar todo o nosso modelo de negócio. O apoio da equipa da Casa do Impacto, em particular do Miguel Teixeira (formador do Rise for Impact) e das sessões recorrentes, têm sido uma grande ajuda em várias áreas.

 

Enquanto finalistas do Rise for Impact, chegaram à fase de Incubação – quais os benefícios de estarem incubados na Casa de Impacto?

Fazer parte de uma rede tão grande de empreendedores e facilitadores é um grande benefício. Além disso, consideramos todos na Casa do Impacto muito prestáveis e dispostos a contribuir de todas as formas possíveis para o nosso sucesso. Isso é dizer muito num caminho tão desafiador quanto o caminho empreendedor.

 

Como cresceu o vosso projeto desde que iniciaram a primeira fase do programa até agora? Que milestones atingiram?

Resgatamos 40 toneladas de alimentos que teriam sido desperdiçados e geramos 45 mil euros para uma rede de mais de 40 agricultores com os quais trabalhamos. Elevamos a The Equal Food Co. a um nível 5 vezes maior do que quando iniciamos. Mudamos de armazém 3 vezes. Contratamos dois funcionários e estamos atualmente em processo de contratação de um terceiro. E, mesmo com tudo isso, ainda parece que há muito a fazer e estamos ansiosos para alcançar todos os nossos objetivos futuros.

 

De que forma o vosso projeto contribui para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU?

O combate ao desperdício alimentar e o ODS 12 (meta 12.3) são o nosso núcleo. Reduzir as perdas de alimentos em toda a cadeia de abastecimento alimentar é a nossa missão. Dito isso, também trabalhamos para um uso mais eficiente dos recursos naturais e menos emissões, pois defendemos cadeias de abastecimento de alimentos mais curtas.

 

Nas vossas redes sociais partilham receitas e dicas para inspirar todos os Equal Foodies. Qual foi a “receita” do vosso sucesso até agora?

Pessoalmente, não gostamos de chamar a nossa trajetória “de sucesso”, pois estamos no início, mas se tivéssemos que apontar duas coisas das quais temos muito orgulho, diríamos que são um tratamento muito humano e próximo aos nossos Equal Foodies – com mais de 350 assinantes – podemos dizer com orgulho que conhecemos muitos deles pessoalmente e que têm encomendado o nosso serviço desde os nossos primeiros grupos de Whatsapp, alguns pedidos são feitos para as mães e até já recebemos um chutney feito com as nossas abóboras de uma delas – e nossa confiabilidade – estamos sempre disponíveis para os nossos agricultores, clientes e qualquer outro stakeholder. Quando algo está errado, todos sabem que podem contar connosco para resolver o problema, independentemente do tempo e do custo associado. Se estás no mundo das startups, apareceres e seres confiável levar-te-ão longe.

 

Que mensagem gostariam de deixar a todos os empreendedores que pensam em candidatar-se à próxima edição do Rise for Impact?

O Rise for Impact e a Casa do Impacto são óptimos parceiros para se ter do nosso lado, que podem mudar todo o rumo do teu sonho de construir uma empresa. GO FOR IT!!

 

E assim, terminamos o nosso ciclo de entrevistas aos 3 finalistas do programa de aceleração. O período de candidaturas à nova edição do Rise for Impact já começou. Candidata-te aqui e junta-te à comunidade que faz a diferença!

SAVE THE DATE: Pitch Final do Rise for Impact, dia 13 de maio, LIVE no facebook da Casa do Impacto.

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Família sorridente na cozinha