A Casa do Impacto da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e o Social Good Accelerator, a rede europeia de organizações sociais comprometidas com a transição digital do setor social, uniram forças para a dinamização de um evento que deu voz a vários key-players do ecossistema de impacto português – em antecipação da Social Good Week.

A conferência em Lisboa, promovida pela Casa do Impacto sob a chancela da Social Good Week, no dia 30 de junho, debateu o tema “Como apoiar o ecossistema de empreendedorismo nacional para o tornar a referência europeia de impacto?”, com a presença de muitos oradores do universo empreendedor e de impacto como Jeanne Bretécher, Presidente do Social Good Accelerator EU, Margarida Couto, presidente do GRACE – Empresas Responsáveis, Nuno Brito Jorge, CEO da GoParity, plataforma de investimento ético e António Dias Martins, diretor executivo da Startup por Edmundo Martinho, Provedor da SCML.

O evento, que retoma este ano, em novembro, em Bruxelas, iniciou-se em 2010 e é promovido pelo Social Good Accelerator, que reúne mais de 60 redes europeias, organizações sociais e cidadãos comprometidos em capacitar empresas, startups e ONGs na área tecnológica. Criado para dar palco à transição digital, social e solidária na Europa, o Social Good Week junta a comunidade ativa e diversa num dos países da União Europeia para partilhar uma visão prospectiva e pró-activa do futuro. Juntamente com o evento anual, decorrem três conferências temáticas, que lhe precedem, noutras capitais:

  • > Conferência #1, Bruxelas, 25 Janeiro 2022, co-organizada pelo Social Good Accelerator e Social Economy Europe, com o tema “Como aumentar a escala da Social Tech na Europa”
  • > Conferência #2, Lisboa, 30 Junho 2022, co-organizada pelo Social Good Accelerator e a Casa do Impacto/SCML, com o tema “Como apoiar o ecossistema de empreendedorismo nacional para o tornar a referência europeia de impacto?”
  • > Conferência #3, Paris, Setembro 2022, com o tema “Transformar a economia social digital numa mais-valia para os territórios”

 

“Acreditamos que Portugal tem tudo para se tornar uma referência europeia de impacto, e nesta iniciativa, vamos demonstramos que com apoios estratégicos esse objetivo é alcançável. Queremos que Portugal esteja na vanguarda deste movimento, e na Casa do Impacto disponibilizamos aos vários atores do setor social digital o know-how para navegar o mundo digital, que possibilita e impulsiona a criação de centenas de iniciativas de impacto. As colaborações entre os inovadores e as organizações do terreno, a partilha de conhecimento e a nossa capacidade de promover este tipo de encontros demonstram isso mesmo. Esta é mais uma forma de apoiarmos a comunidade empreendedora, dentro e fora das portas da Casa do Impacto, para podermos vir a ser um exemplo para a comunidade empreendedora internacional.” Explica a Diretora da Casa do Impacto, Inês Sequeira, sobre o porquê de trazer para Lisboa este evento em torno de um objetivo: a defesa de uma tecnologia ao serviço dos cidadãos e do bem comum.

Com uma sala cheia para discutir os desafios e oportunidades do ecossistema de impacto, António Dias Martins da Startup Portugal explicou que “a Startup Portugal tem o papel de dar palco e fazer pontes para todas as startups. Somos cada vez mais reconhecidos internacionalmente pelo ambiente seguro de inovação que estamos a criar. As startups de impacto, ligadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, têm acesso a uma majoração positiva para que projetos que têm esta dimensão tenham mais espaço no ecossistema português. “, afirmou.

Já Margarida Couto, Presidente do GRACE, garantiu “O framework ESGs (Environmental, Social and Corporate Governance) é um ‘must have’. As empresas sem o framework perdem vantagem competitiva – se querem procurar prosperidade têm de adotar este tipo de ferramentas. Os empreendedores de impacto vão ter a oportunidade de trabalhar com as grandes empresas por forma a que estas cumpram as metas de impacto a que estão obrigadas. Por outro lado, as empresas já estão a encontrar no ecossistema de impacto uma forma inovadora de melhorarem os seus níveis de sustentabilidade e inovação, principalmente no eixo do ‘Social’ dos ESGs”, explicou.

Nuno Brito Jorge, Co-founder e CEO da Goparity, reforçou o papel da Casa do Impacto no percurso da startup até aqui, “a safety net que a Casa do Impacto nos deu foi fundamental para atravessar o vale da morte, período típico do percurso empreendedor de todas as startups. Portugal tem um ambiente seguro para testar projetos, locais e ferramentas necessárias, como a Casa do Impacto, para os primeiros passos das startups de impacto. É fácil validar o produto, é fácil entrar no mercado, é pouco atraente para a concorrência. É um ambiente muito seguro para o empreendedor nacional começar o seu percurso. “, concluiu.

O Social Good Accelerator está a desenvolver um trabalho a nível europeu, desde França, para ajudar a aceleração da transição tecnológica de fundações e organizações sem fins lucrativos da União Europeia. “A transição digital vai permitir à economia social aumentar a sua capacidade de agir, e fazê-lo à sua própria maneira. Há uma série de iniciativas – e modelos – provenientes do sector sem fins lucrativos ou de lucro limitado que merecem ser mais reconhecidos e implantados a uma escala maciça. É tempo de ajudar as organizações de economia social a aumentar a escala através de meios digitais.”, explicou Axelle Lemaire – sponsor do Social Good Accelerator e secretário de estado da Economia Digital e Inovação (2014-2017) francesa.

Através deste tipo de iniciativas a Casa do Impacto pretende liderar em conjunto com os seus parceiros um movimento para uma transição digital justa, inclusiva e sustentável para o bem comum, aumentando ao mesmo tempo as competências de todos, posicionando Portugal como um local de referência na Europa para o futuro do ecossistema de impacto.

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Oradores debatem na conferênciaSocial Good Week 2022