No mês a que dedicamos o ODS 5, Igualdade de Género, a Casa do Impacto promoveu um evento que foi para além das fronteiras deste ODS, debruçando-se sobre a Igualdade e a Inclusão Social em todas as suas vertentes.

Entenda-se que a diversidade inclui aspetos como o género, a orientação sexual, a religião, a cultura, a deficiência física, o estado civil, a nacionalidade, os diferentes talentos, a situação económica e familiar, a educação, entre outros.

Para além de Casa de empreendedores a Casa do Impacto é um hub agregador de várias entidades que partilham causas – uma Casa aberta à comunidade do impacto – um espaço de partilha e de promoção da discussão de temáticas atuais como o é a Igualdade e a Inclusão Social no seio das organizações e empresas.

Juntamos todos os nossos parceiros-fundadores e alguns convidados especiais e demos palco a esta temática para que, em conjunto, pudéssemos instigar ao pensamento crítico que leva à ação consciente e, consequentemente, à mudança estrutural!

Em Inclusão Social: Da Teoria à Prática (sessão 1), realizada a 26 de Fevereiro, contamos com a participação de representantes da EDP, Accenture, Associação Portuguesa para a Diversidade e Inclusão (APPDI) e APlanet, que nos apresentaram as suas medidas e soluções para a inclusão social e diversidade no seio das respetivas empresas.

Margarida Mateus e Mónica Canário, Responsáveis da Equipa da Associação Portuguesa para a Diversidade e Inclusão (APPDI) apresentaram o seu projeto que tem por base a Carta Portuguesa para a Diversidade, que pretende ser um mote positivo para encorajar as entidades a valorizar a diversidade, já assinada por 290 organizações em Portugal, entre as quais a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Luciana Caseiro, responsável pela Diversity & Inclusion da People Experience Unit na EDP, falou do programa de diversidade e inclusão da empresa que existe desde 2013 e da importância de envolver todos os stakeholders e ainda as várias jornadas do colaborador desde o recrutamento, ao desenvolvimento, até à saída, para a promoção da inclusão. Afirmou-se que 2021 será um ano dedicado à igualdade de género na representatividade na liderança, na comunidade, na igualdade salarial, entre outros.

Patrícia Faro Antunes, Diretora de Corporate Citizenship e Sustentabilidade da Accenture Portugal, falou sobre as políticas e programas para diversidade na empresa, nomeadamente a meta de atingir a paridade no corpo de colaboradores em 2025.

Joana Paredes Alves, Co-Founder da APlanet, uma startup com representação em vários países, que desenvolve soluções tecnológicas para a gestão da sustentabilidade, afirmou que a diversidade deve ser estratégia central das organizações para maior eficiência.

Como a mudança não se concretiza apenas com a palavra, a Casa do Impacto, representada por João Góis, Legal Manager, deu a conhecer algumas das medidas implementadas internamente para a promoção da inclusão social, sendo uma delas a valorização de equipas diversas a todos os níveis, que consubstanciará um critério de majoração na seleção e na admissão de projetos candidatos a quaisquer calls em aberto do hub lisboeta.

Foram apontados alguns dos principais benefícios da diversidade nas organizações, a saber: a inovação, criatividade, cultura organizacional colaborativa, reputação, nível de satisfação dos colaboradores, atração de talento, performance de colaboradores, retenção de talentos, vantagem competitiva, novos clientes e mercados, maior capacidade de resolução de problemas e até melhores resultados financeiros.

Inês Sequeira, Diretora da Casa do Impacto, encerrou a sessão com o lançamento de um desafio ao ecossistema: um call to action para nos inspirarmos mutuamente para percorrermos um caminho que deve ir da teoria à prática com o objetivo de melhorar a performance organizacional através de uma maior inclusão social.

Em Inclusão Social: Da Teoria à Prática (sessão 2) os parceiros-fundadores da Casa do Impacto responderam ao call to action, partilhando as suas políticas e iniciativas futuras em prol da inclusão.

“As empresas já perceberam a importância destes temas para a manutenção da sua competitividade e nós já sentimos que estão a acelerar nesse sentido.” –
Margarida Couto, Presidente da Direção do GRACE

Sofia Colares Alves, Chefe de Representação da Comissão Europeia em Portugal, e Nathalie Ballan, Fundadora e Senior Partner da Sair da Casca, também marcaram presença na sessão.

Das partilhas dos parceiros destacamos:

– A <Academia de Código_> e a Ubbu  que têm a diversidade imbuída nos seus valores, como afirmou João Magalhães, CEO e cofundador, ”nós nascemos de um problema de desigualdade, que queremos resolver através da educação e do ensino de programação. O nosso objetivo é chegar a todos e não deixar ninguém de fora.”

– A plataforma Speak, representada pelo founder Hugo Menino de Aguiar, revelou que, no dia da sessão, “lançámos um portal que irá reunir conteúdo de especialistas e de qualquer pessoa com boas práticas de inclusão, o diversityinclusionjourney.com

– Cláudia Prazeres do Departamento de Desenvolvimento Social da Câmara Municipal de Lisboa partilhou que “criámos o Conselho Municipal para a Igualdade, o Plano Municipal de Combate à Violência Doméstica e de Género, e ainda projetos específicos contra a desigualdade e descriminação de certas comunidades.”

“O Banco Montepio é membro do Fórum de Organizações para a Igualdade desde 2016 e já promovemos encontros para mulheres Montepio, com o objetivo de refletir sobre o papel da mulher na organização e o reforço deste mesmo papel. Existe também um plano de mentoria para as mulheres” como relatado por Teresa Quaresma HR Talent & Development do Banco Montepio

– Outra instituição que tem a diversidade no seu núcleo é a Fundação Aga Khan, Sandra Almeida, Diretora de Gestão do Conhecimento, referiu que “olhando para os desafios da globalização, dos crescentes movimentos migratórios e de uma população cada vez mais envelhecida, a Fundação Aga Khan aposta no trabalho em parceria com outras organizações e com as comunidades locais para construir e contribuir para a inclusão. Um exemplo disso é o Plano para o Envelhecimento Ativo, Saudável e Inclusivo, em parceria com a Câmara Municipal de Sintra.”

– Marta Albuquerque, Adjunta da Portugal Inovação Social, reforçou que “tendo em conta os objetivos da Portugal Inovação Social, a Igualdade de Oportunidades e de Género são princípios que assumem uma natureza transversal na prossecução das ações que financiamos, em particular no acesso ao ensino, à formação, ao mercado de trabalho e promoção da inclusão social.”

No final do evento todos os parceiros assumiram o compromisso de monitorização e avaliação do impacto real das medidas e políticas partilhadas, uma avaliação que será divulgada no final do ano e que servirá como documento de retrospetiva e consulta para todo o ecossistema do impacto, que deve atuar como exemplo para o restante tecido empresarial e organizacional do país.

A promoção de um mundo mais inclusivo é uma luta que precisa de todos!

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