Dedicamos este mês de abril ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (doravante ODS) 3 – Saúde de qualidade. Para a concretização da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas foram delineados 17 ODS que são imperativos para um futuro sustentável, de forma a promover esta Agenda a Casa do Impacto organiza, mensalmente, as Thursdays with Impact, sessões dedicadas ao ODS em foco nesse mês.

O ODS 3 visa garantir vidas saudáveis e a promoção do bem-estar em todas as idades. Descobre mais aqui.

A 1 de abril, Inês Sequeira, Diretora da Casa do Impacto, esteve à conversa com Francisco Pessoa e Costa, Diretor de Estudos, Planeamento e Controlo de Gestão da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, José Simões, co-Founder da ZenKlub, Nuno Gato, co-Founder da Mentora Health, e Vitor Crespo, Partner da HealthTech Lisboa, para discutir o papel da inovação social e da tecnologia na área da Saúde.

Em Thursdays with Impact | A tecnologia ao serviço da Saúde foram partilhados alguns dados recentes relativos ao ODS 3 no mundo:

• – Interrupções na área da saúde, provocadas pela pandemia da Covid-19, podem reverter décadas de melhorias
• – Em 2017, menos de metade da população global estava coberta por serviços de saúde essenciais
• – A pandemia da Covid-19 interrompeu programas de imunização infantil em cerca de 70 países
• – São necessários mais 18 milhões trabalhadores de saúde, principalmente em países de baixo ou médio-baixo rendimento, para atingir a cobertura de saúde universal até 2030
• Fontes: un.org e sdgs.un.org

Francisco Pessoa e Costa reforçou a importância de descomplicar o processo de implementação de projetos disruptivos para que possam fazer a prova de conceito, “na SCML o que fizemos, fizemos muito em conjunto com a Casa do Impacto, foi aproveitar a ligação que a Casa tem com a Comunidade Inovadora e trazer algumas dessas propostas (da Comunidade) para o universo SCML (…) Temos de descomplicar. A inovação existe mas esbarra com um conjunto de obstáculos. Temos de descomplicar processos de forma a acompanhar a inovação, de outra forma perdemos oportunidades e valor.”

Para Nuno Gato o foco deve estar na partilha de dados, “é muito interessante, negativamente, ver que a maior parte dos doentes estão muito sozinhas quando saem do hospital. Aí a tecnologia pode ajudar (…) Quanto mais rápido nós conseguirmos saber qual a tendência do estado de saúde daquele paciente mais rapidamente conseguimos atuar, é aí que entra a tecnologia e os dados. Se nós conseguirmos rapidamente avisar o hospital que o estado de saúde daquela pessoa se está a deteriorar (sem ser preciso a própria pessoa o fazer, como acontece, já em estado de urgência) podemos atuar e evitar que esse momento se torne numa emergência médica, quando já não há muito a fazer (…) Para isso é necessária a partilha de dados.”

José Simões salientou que a pandemia trouxe novas oportunidades de negócio para a área da saúde mental, “em termos de números (relativos à ZenKlub): em novos clientes vimos um crescimento de aproximadamente 600%; em termos de procura empresarial, vimos um crescimento de cerca de 1300%. Quase não tínhamos clientes corporativos e hoje em dia é grande parte da receita (…) Das poucas coisas boas desta situação é que trouxe mais consciência para o fato de existiram doenças e problemas silenciosos que precisam de ser endereçados.”

Revê toda a conversa aqui.

A 8 de abril, em Thursdays with Impact | Como pode Portugal envelhecer melhor? numa sessão promovida em conjunto com a Maze, um dos founding-partners da Casa do Impacto, Margarida Anselmo, Head of Public Sector na Maze, convidou o Professor João Gorjão Clara, Médico especialista de Medicina Interna, para uma conversa acerca da saúde e da longevidade.

Nesta sessão, focada na geriatria, podemos comprovar como é urgente criar as condições adequadas para que possamos todos envelhecer com maior qualidade de vida e dignidade.

Sabias que…de acordo com o INE, entre 2018 e 2080, Portugal perderá população, dos atuais 10,3 para 8,2 milhões de pessoas. O número de idosos (65 e mais anos) passará de 2,2 para 3,0 milhões. O índice de envelhecimento em Portugal quase duplicará, passando de 159 para 300 idosos por cada 100 jovens, em 2080, em resultado do decréscimo da população jovem e do aumento da população idosa.

Com a definição deste ODS 3, a Agenda 2030 reconhece que promover formas de melhorar a qualidade dos serviços de saúde a nível global é um dos maiores desafios globais para atingirmos o desenvolvimento sustentável da sociedade.

Save the date: a 22 de abril teremos a Sessão Pública Final dos projetos selecionados para o Santa Casa Challenge! Vem conhecer as várias soluções que poderão ganhar um prémio de 15.000 euros. Nesta edição procuramos projetos e soluções tech-based dedicados à área da saúde e ao ODS 3.

Não percas o resto da nossa programação de abril!

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