Ser Empreendedor não é para todos. Ser Empreendedor de Impacto é para ainda menos.
O Empreendedor de Impacto tem de ser paciente. Tem de trabalhar muito e a longo prazo para conseguir alcançar o seu potencial máximo. No momento em que o seu serviço ou produto concretiza uma mudança sistémica, o trabalho do Empreendedor de Impacto está feito. A paciência é sempre uma virtude, mas para o Empreendedor de Impacto é uma regra. Esta é apenas uma das características que lhe são inerentes a par da resiliência, foco, motivação, empatia, adaptabilidade e tantas outras.
Apesar de reconhecermos que existem pessoas que nascem com queda para o Empreendedorismo de Impacto e reúnem todas estas qualidades, e nós conhecemos muitos bons exemplos, a formação continua a ser uma mais-valia e mesmo os Empreendedores de mão cheia, com bagagem e know-how de anos, continuam a procurar ativamente mais fontes de conhecimento e oportunidades para se educarem em diferentes áreas que poderão ser úteis a longo prazo.
Atualmente o Impacto deixou de ser o patinho feio do Empreendedorismo e a aposta no setor Social aumenta de dia para dia. As perspetivas de um futuro com mais oportunidades dão aso a que mais organizações apostem na formação de Empreendedores.
E se te derem oportunidade de adquirir conhecimentos valiosos ainda antes de entrares no Ecossistema? E se apostarem na tua educação enquanto futuro Empreendedor e te capacitarem com ferramentas a ser aplicadas ao longo deste teu caminho?
Desde cedo que a NOVA SBE percebeu a necessidade de formar jovens para darem os primeiros passos no Ecossistema munidos de conhecimento teórico e, acima de tudo, trabalho de campo feito. Foi com esse objetivo que tomou a decisão inovadora de criar o Programa de Mestrado em Empreendedorismo de Impacto e Inovação.
A Casa do Impacto já os acompanha de perto há muito tempo e a oportunidade para promover o Impact Entrepreneurship Bootcamp foi um passo natural nesta relação, resultado de uma vontade partilhada.
Durante cinco dias recebemos os alunos do Mestrado para um Bootcamp de Impacto imersivo que tinha como objetivo proporcionar o ambiente ideal para a aplicação das metodologias e ferramentas apreendidas no semestre passado, num projeto a desenvolver durante este que se iniciou.
O Bootcamp foi construído para poder responder às várias necessidades de um público muito heterogéneo, uma turma de cerca de trinta jovens, e explorou temas distintos através de diferentes dinâmicas: masterclasses, sessões de inspiração e formação, office hours, mentoria, avaliação de pares, trabalho de equipa e trabalho de campo.
Privilegiámos o “Aprender a Fazer” através da aplicação prática dos conhecimentos teóricos nos projetos a desenvolver no mundo real e o “Aprender pela Partilha” que acreditamos ser essencial entre Empreendedores que, ao trabalhar de forma colaborativa na resolução dos problemas dos seus pares, conseguem olhar para os seus próprios desafios com outra perspetiva e desbloquear metodologias e ferramentas úteis no seu contexto.
Por se tratar de um programa intenso de trabalho de campo, fez todo o sentido que os alunos pudessem contactar com Empreendedores de Impacto, Mentores e Especialistas em várias áreas que, partindo do seu conhecimento no mundo real, pudessem acompanhar o progresso de cada projeto e avaliar a forma como estes se poderiam aplicar ao mundo em que vivemos hoje.
Connosco tivemos Inês Sequeira (Diretora e Fundadora da Casa do Impacto), Anne-Laure Fayard (Diretora do Mestrado em Impact Entrepreneurship and Innovation), Sai Kalvavalle (Professora Assistente de Strategy and Entrepreneurship na Nova SBE) Steve Adler (Fundador da Clime Tech Lisbon), Raquel Félix (Especialista em Design Thinking Consultancy & Facilitation), Emet Zeitz (Head of Ecosystem), Bernardo Afonso (CFO da Code for All), Catarina Miguel Martins (Fundadora da maroong), Elena Duran (Fundadora e Diretora da 55+), Gustavo Freitas (Head of Social Innovation), Lourenço Sá Nogueira (Impact and Investment Manager), Nuno Comando (Head of Programs and Communications da Casa do Impacto), Sean Tierney (Fundador da Problemattic).
O convite que fizemos deste início foi o de “Pôr as mãos na massa” e desafiar os pressupostos anteriores, (re)conceber, cometer erros, repetir e avaliar o que podia, ou não, funcionar. Uma das mensagens que gostamos de transmitir à nossa Comunidade é que o ato de errar deve ser normalizado porque acaba por ser um passo inevitável quando se toma a decisão de arriscar. E o Empreendedorismo é um constante risco que nem sempre compensa da forma esperada, embora, se for de Impacto, compense sempre.
Durante estes cinco dias muito se falhou e muito se tentou de novo. Mais importante que os projetos que se criaram aqui, são as mentes Empreendedoras que se desenvolveram durante o tempo que passámos juntos (a possibilidade de ganhar 0,5 créditos, também foi uma boa motivação).
Agradecemos a confiança que a NOVA SBE depositou em nós e temos a certeza que será um exemplo para o qual mais organizações vão olhar quando se perguntarem se o risco de apostar na formação de Empreendedores de Impacto compensa. É preciso ter paciência, mas temos a certeza que sim.
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