Desde o desenho à implementação, estivemos em todas as frentes para conseguir garantir um programa completo e adaptado às necessidades das vinte e cinco equipas de Empreendedores vindas de todos os cantos do país, continental e insular.

Durante dois dias em que a Casa do Impacto foi o ponto de encontro de novas mentes Empreendedoras, trabalhámos intensamente para proporcionar uma experiência complexa e uma visão 360º do Empreendedorismo de Impacto. Como sempre, nunca estivemos sozinhos. Mais uma vez contámos com Empreendedores da Casa que se juntaram a nós como Mentores. Quem melhor para acompanhar e aconselhar as Equipas candidatas do que quem está diariamente no terreno e passou por todos os desafios do início?

Assim como o leque de soluções na corrida se caracterizava pela sua heterogeneidade, também a lista de projetos representados pelos Mentores demonstrou que o Impacto incide sobre várias áreas. Muito obrigado à Marta Brazão (Circular Economy Portugal), Rosário Sommer (Generosa), Joana Leal, (SeaTheFuture) Patrícia Gomes (Studio8) e Filipe Reina Fernandes, (Windcredible) pela disponibilidade na partilha de conhecimento e por mostrarem, mais uma vez, que a competição não existe no Impacto.

A forma como construímos o Bootcamp pode ser vista como a desconstrução do pitch perfeito e a exposição de todos os elementos que fazem dele a melhor representação de um Projeto de Impacto. Temos de falar do Problema, da Proposta de Valor, da Solução, da Teoria da Mudança e claro, da forma como se pode usar uma Comunicação de Impacto para defender todas estas partes do todo. Tudo isto a par da transmissão de conceitos sobre o Ecossistema de Empreendedorismo de Impacto e Introdução à Economia Social, trabalho individual e exercícios para pôr em prática os conhecimentos adquiridos e momentos mais descontraídos de networking, partilha de histórias de Impacto inspiradoras e exemplos de bons pitch que não podiam ter sido dados por mais ninguém que não a Generosa, primeira classificada na edição passada do TRIGGERS e exemplo mais que digno a seguir.

Como não podia deixar de ser, os nossos Parceiros de viagem (e vida!) fizeram parte do momento de avaliação dos pitch e aceitaram a responsabilidade de fazer as perguntas difíceis, tendo sempre presente um constante exercício de aprofundamento do conhecimento sobre cada projeto, assim como a contribuição para a evolução dos mesmos.

Como já é nosso modus operandi, fazemos questão que o poder de decisão não se limite a uma análise exclusiva da Casa do Impacto, mas envolva várias organizações de naturezas, visões e necessidades diferentes, tendo em comum, no entanto, uma grande ligação ao setor da Sustentabilidade. É também uma das nossas prioridades que a mesa de júri seja composta por Homens e Mulheres. Neste caso, contámos com a pertinência e validez dos inputs dos representantes dos nossos Parceiros, Câmara Municipal de Cascais, EDP, Galp e Grupo Ageas e   3xP Global, que apoia o programa.

Aos jurados da Casa do Impacto, Inês Sequeira, Founder e Director, e Nuno Comando, Head of Programs, Investment & Communications juntou-se Raquel Chagas Santos, Municipal Environment and Sustainability Department da Câmara Municipal de Cascais, João Arbués Moreira, Social Impact Projects Coordinator na EDP, Cláudia Varandas, Open Innovation Project Manager na Galp, Flávia Nobre, Sustainability Manager no Grupo Ageas Portugal e Bárbara Leão de Carvalho, PhD, Regeneration Ecosystem Developer na 3xP Global. Muito obrigado pelo entusiasmo partilhado ano após ano! 

E agora, para os que aguentaram o suspense até aqui e não passaram logo para o parágrafo que que guarda o clímax deste artigo e anuncia os dez selecionados, aqui ficam eles:

  • > Digna Engenharia de Impacto propõe-se a construir um Marketplace sustentável com foco em promover a venda de resíduos e sobras da construção civil, fomentando a reciclagem ecológica, justiça social e viabilidade económica; 
  • > Horta Harmonia promove a saúde e Biodiversidade do solo através da reutilização de borras de café e outros materiais orgânicos para a compostagem e consequente criação de novos solos e regeneração daqueles que já se encontram em estado de degradação. Assim, reduz a necessidade de herbicidas, pesticidas e fertilizantes sintéticos e consequente recursos monetários, laborais e temporais. Oferecem também aos agricultores apoio técnico através de workshops de compostagem e testes ao solo;
  • > Humiverso compromete-se a desenvolver máquinas modulares inovadoras para a transformação de resíduos orgânicos em fertilizantes, utilizando o método de vermicompostagem (minhocas), promovendo assim a Economia circular no contexto empresarial e descentralização do tratamento de resíduos e auto-produção de fertilizante orgânico;
  • > Musa Azores visa potenciar o uso sustentável e socialmente inclusivo das bananeiras dos Açores através da utilização da sua fibra para a criação de peças artesanais de arte e design e a promoção de experiências de formação e lazer em torno deste processo criativo. Comprometem-se também a desenvolver parcerias estratégicas com entidades nas áreas da Economia Solidária que permitam que comunidades vulneráveis tenham uma fonte de rendimento; 
  • > No Impunity fornece a infraestrutura digital necessária para abordar e financiar sistematicamente os litígios em matéria de Impacto, Clima e Direitos humanos, simplificando o investimento em reclamações ESG e apoiando os escritórios de advogados na avaliação da viabilidade dos seus casos; 
  • > Petit Fox é uma loja online que se baseia no modelo de Economia Circular na qual é possível comprar e vender roupa de maternidade e criança em segunda mão, assumindo assim uma preocupação com a Sustentabilidade ambiental e financeira e qualidade dos produtos de vestuário;
  • > Raro é uma plataforma online de retalho que une áreas como a Curadoria, Comunicação e Tecnologia que vai permitir que os clientes encontrem produtos raros, conhecidos pela sua excelência e exclusividade, enquanto contribuem para a preservação do bem fazer, biodiversidade e técnicas de produção ancestrais;
  • > Take Carbon apresenta-se como um ecossistema financeiro direto, sem intermediários, que vai simplificar o mercado de Créditos de Carbono, ligando os projetos, através da sua plataforma de negociação, aos consumidores finais e aos investidores, proporcionando acesso a um financiamento justo e adequado. Abordam também o desafio da heterogeneidade dos Créditos de Carbono, oferecendo um mercado padronizado e transparente, que aumenta a eficiência das atividades de negociação e investimento, e permite que as partes interessadas apoiem projetos ecológicos tendo em mente a viabilidade económica;
  • > Tintória é um projeto de Economia Circular que se compromete a produzir tintas naturais a partir de bio resíduos da agricultura e floresta; 
  • > Volthaica tem como missão oferecer serviços eletroenergéticos sustentáveis e personalizáveis integrados na construção de casas de madeira, com foco em elétrica inteligente, eficiente e acessível.

Enquanto lês isto, eles já estão a trabalhar no duro para passarem à próxima fase. Apenas três equipas chegam à final deste que é o programa da Casa do Impacto focado em soluções ambientais.

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Participantes do Triggers e staff da Casa do Impacto