Parabéns à nossa Comunidade que continua a crescer e nos posiciona no epicentro do Ecossistema de Impacto. Um caminho que consolida a Visão de Lisboa como Capital Europeia do Empreendedorismo.

Nascemos há 3 anos como hub de inovação e empreendedorismo social e ambiental. Juntámos mais de 200 empreendedores, 48 startups e investimos dois milhões de euros em projetos.

Celebrámos mais um ano em que fizemos a diferença, impulsionámos o empreendedorismo de impacto, promovemos novas soluções e a ajudámos a crescer a comunidade.  Foi na passada quarta-feira, 13 de outubro no novo espaço da Mitra no Beato, que comemorámos o nosso 3º aniversário, num evento dedicado à importância da inovação e do empreendedorismo de impacto na resposta aos desafios no país, tais como a crise climática, as desigualdades, o desemprego e a saúde.

Na abertura das comemorações, a nossa Diretora Inês Sequeira, fez um balanço positivo do trabalho que realizámos ao longo destes três anos, agradecendo aos parceiros e aos empreendedores pela sua força e motivação, bem como à Misericórdia de Lisboa pela sua visão: “Os projetos que estão a ser desenvolvidos na Casa do Impacto promovem soluções inovadoras para os maiores desafios sociais e ambientais dos tempos atuais”.

Para além do balanço do hub, o aniversário da Casa envolveu momentos culturais, com atuações das artistas e ativistas Soluna e Selma Uamusse, um Demo Day com a apresentação de 13 startups incubadas ( MadPanda, Reshape Ceramics, Nevaro, Spot Games, Agência Manicómio, Skizo, Impulso, Cosmos Pics, Ambigular, MyPolis, 55+, The Equal Food Co. e UBBU) e ainda a segunda edição do Social Good Summit Lisbon.

 

3 anos a criar Impacto, sempre a olhar para o futuro!

Foi no dia 8 de outubro de 2018 que nascemos, no Convento de São Pedro de Alcântara. Desde aí dedicámo-nos a trazer para Casa os desafios prementes nos 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU, tais como a diversidade e inclusão, o emprego, a saúde, a educação e o ambiente, entre outros. Exemplo de soluções de impacto concretizadas, de entre as 48 startups connosco incubadas são a Academia de Código, a GoParity, a Impulso, a Skizo, o SPEAK, a Spot Games e a 55+, entre outras.

Ao longo dos três anos, e como forma de potenciar uma nova geração de startups, o hub:

  • > Dinamizou 3 edições do programa de aceleração e capacitação RISE for Impact, que serviu de rampa de lançamento para mais de 90 startups, com apoios que rondam no total os 150 mil euros;
  • > Lançou quatro edições do concurso anual para a inovação social Santa Casa Challenge, que já distribuiu mais de 95 mil euros em prémios;
  • > Criou o programa de investimento com 500 mil euros ao ano para negócios em fase de pre-seed e seed, o +PLUS;

Desenvolveu inúmeros eventos e parcerias nacionais e internacionais, nomeadamente com a Web Summit, Women4Climate, Planetiers World Gathering, Impact Investment Forum, Fintech House e mais recentemente com a London School of Business and Economics (LSE), que resultou na vinda do hub de empreendedorismo social LSE Generate para o Convento, entre outras.

3 anos em números:

+200 residentes

48 startups incubadas

+190 projetos apoiados nos vários programas do Hub

+30 parcerias nacionais e internacionais

+15 programas de aceleração anuais

2 edições do programa de investimento +PLUS

4 edições do concurso de investimento Santa Casa Challenge

2 milhões de euros disponibilizados para apoiar startups de impacto

+100 workshops/bootcamps

+9000 participantes nos eventos

+65 Thursdays With Impact

+200 eventos e conferências

40% fundadores internacionais

40% fundadoras mulheres e 60% fundadores homens

Nova morada: Mitra! Uma Casa maior e à medida do crescimento da nossa Comunidade, numa zona caracterizada por um ambiente inovador e de promoção cultural, que enquadra o nosso espírito na perfeição!

Para a nossa diretora, mais do que evidenciar o que já fizemos, importa olhar para o que ainda poderemos fazer e tal passa também por ampliar a nossa casa e mudar a nossa residência: “A zona oriental de Lisboa marca um futuro promissor para o país. O Lisboa Social, no antigo espaço da Mitra, vem integrar a vertente social nas zonas do Beato e Marvila, que serão o novo pólo do empreendedorismo da cidade, impulsionado pelo Hub Criativo do Beato. O impacto faz seguramente parte desse futuro, o que vai permitir dinâmicas pela proximidade geográfica de vários players muito relevantes e no lançamento do que se faz de melhor e mais inovador em Portugal. A economia só faz sentido se for assim, também social.”

O futuro da nossa Casa será na Mitra e assim vamos conseguir albergar 3 vezes mais startups e empreendedores de impacto.

“A Era da Inovação Social só começou agora. Continuaremos a apostar no desenvolvimento do ecossistema de empreendedorismo de impacto português, desafiando todos os empreendedores a fazerem mais e melhor. Também continuaremos a procurar as melhores parcerias para podermos aproveitar a oportunidade única de posicionar Lisboa como a capital europeia do empreendedorismo de impacto, a primeira cidade com este selo de mudança e que, uma por uma, pode contagiar todas as outras cidades do país e do mundo.” adianta ainda a nossa diretora.

A sustentabilidade ambiental é ainda a prioridade da Casa, que defende que a regeneração deve acontecer pela via da inclusão e educação, através da requalificação dos profissionais, formação e educação na área e fomento à inovação no setor.

 

Lisboa Social Mitra

Com um investimento a rondar os 10 milhões de euros, o projeto Lisboa Social Mitra vai fazer nascer uma creche, uma academia de formação dedicada à economia social, uma quinta comunitária, um espaço aberto à comunidade com um jardim de lazer, além de novos espaços de trabalho dedicados ao empreendedorismo social (com a mudança da Casa do Impacto do Convento de São Pedro de Alcântara para o Palácio da Mitra), e à reabilitação da atual Estrutura Residencial para Idosos (ERPI) já existente no local.

Ana Vitória Azevedo, administradora da Misericórdia de Lisboa, destacou que a reabilitação da Mitra foi pensada para “criar um conjunto de valências suportadas na inovação e no empreendedorismo, que pretendem facilitar e apoiar as pessoas com mais dificuldades de integração na sociedade”. Nesse sentido, deu nota que “o espaço vai acolher projetos de natureza social, económica, ambiental e de empreendedorismo, a par de espaços comunitários. Será um espaço de causas diferentes… de boas causas”.

 

Social Good Summit Lisbon 2021

O evento internacional da Fundação das Nações Unidas, organizado em Portugal pela It’s About Impact contou com 3 painéis.

No primeiro painel “Diversidade e Inclusão”, onde participaram LJ Silverman, Head of LSE Generate, Dino D’Santiago, músico compositor e ativista social, Mariana Brilhante, co-fundadora do Speak, Mariana Barbosa, Embaixadora das Chicas Poderosas, numa conversa com moderação de Tiago Fortuna, do Access Lab, falou-se sobre o caminho a percorrer para diversidade, que deve começar pelos decisores para se criar abertura e oportunidade, contagiando a sociedade em geral.

O segundo painel foi dedicado ao tema “Impacto Ambiental e Justiça Social”. Inês Sequeira, Nuno Brito Jorge, co-fundador da GoParity, Catarina Barreiros, fundadora da Loja do Zero, Christine Gould, fundadora e CEO do Thought for Food, com Jwana Godinho, fundadora da It’s About Impact, a moderar o painel. Aqui discutiu-se a sustentabilidade como um todo – social, ambiental e económica, onde as pessoas representam um papel central e devem pensar enquanto espécie humana para o alcançar da justiça ambiental, mas também social. Segundo os oradores, a chave está no envolver da população para a transição e torná-las parte do processo de decisão.

Maria Manuel Leitão Marques, Deputada no Parlamento Europeu, Edmundo Martinho, Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, João Esteves, fundador da Diverge Sneakers, e João Pedro Machado, Presidente do Conselho de Administração da Fundação Ageas, numa conversa com moderação de Bárbara Reis, jornalista no jornal Público, lideraram o terceiro e último painel “O Pilar Social como motor do Plano de Resiliência”. No painel discutiu-se a importância do empreendedorismo de impacto para o futuro da vida em comunidade. Para tal, sublinhou-se a necessidade de mecanismos de apoio a empreendedores e programas que capacitem e eduquem as pessoas para inovar.

Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa, destacou a importância da Casa do Impacto na procura de novas respostas para a sociedade, manifestado o seu desejo de que “daqui a dois anos, no máximo, este espaço (Casa do Impacto) possa estar a fervilhar de pessoas, de projetos, de instituições e de entidades para a construção soluções de cariz social”. Edmundo Martinho, Provedor da SCML, sobre o futuro da economia social referiu que “A palavra-chave é ‘impacto’. Os fundos sociais disponibilizados vão dotar as pessoas de capacidade adicional e promover a independência, autonomia e participação para canais de acesso facilitados para impactar a vida das pessoas e comunidades. Se esses fundos não forem direcionados para o impacto, então é uma oportunidade perdida.”

Numa mensagem de vídeo, Maria Manuel Leitão Marques, eurodeputada, elogiou o trabalho desenvolvido pela Casa do Impacto e pela Misericórdia de Lisboa, sublinhando que, num mundo que está a sofrer mudanças sociais muito rápidas, precisamos de ser criativos e inovadores para reconstruir a sociedade. “Esta casa não se chama de impacto por acaso”, rematou.

Também Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, marcou presença neste evento, sublinhando o compromisso nacional e europeu de promover a economia social enquanto fator de progresso decisivo em termos económicos e sociais para todos”, e defendendo que “a economia social é claramente um agente ativo da inclusão no mundo de trabalho, na inclusão na sociedade e no combate às desigualdades”. “Queria partilhar convosco os desafios que temos ainda pela frente. O momento que vivemos é particularmente simbólico, e mais do que enfatizar a capacidade que a economia social teve para responder aos desafios até agora, temos que olhar para a oportunidade que a economia social tem para ser a “cola” dos vários setores, e que tem a capacidade de responder às necessidades das pessoas e de trazer inovação aos setores tradicionais. Agora é apostar na capacitação da economia social, pensar melhor a gestão e trazer mais financiamento ao setor.” referiu Ana Mendes Godinho, Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, que encerrou a conferência.

No encerramento, Sérgio Cintra, administrador da Ação Social e do Empreendedorismo e Economia social da Santa Casa, destacou o percurso e as conquistas da Casa do Impacto, nestes últimos três anos, na tentativa de diminuir as desigualdades na sociedade, construir novas soluções e, simultaneamente, de promover condições para que os empreendedores concretizem os seus sonhos.

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Número 3