Dedicamos este mês de setembro ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (doravante ODS) 7 – Energias Renováveis e Acessíveis. Para a concretização da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas foram delineados 17 ODS que são imperativos para um futuro sustentável, de forma a promover esta Agenda a Casa do Impacto organiza, mensalmente, as Thursdays with Impact, sessões dedicadas ao ODS em foco nesse mês.

O ODS 7 visa garantir o acesso a fontes de energia fiáveis, sustentáveis e modernas para todos. Descobre mais aqui.

Dados recentes, partilhados pelas Nações Unidas, acerca do ODS 7:

– O acesso global à eletricidade aumentou de 83% em 2010 para 90% em 2019;

– O deficit global de acesso à eletricidade diminuiu de 1,22 bilhões em 2010 para 759 milhões em 2019;

– Apesar do esforço feito, ainda pode haver cerca de 660 milhões de pessoas sem acesso à eletricidade em todo o mundo em 2030.

A nível nacional, a REN – Redes Energéticas Nacionais – partilhou os seguintes dados:

– De janeiro a agosto de 2021 foram gerados 31 595 GWh de eletricidade em Portugal Continental, dos quais 68,8% foram de origem renovável;

– A produção de energia renovável abasteceu 63% do consumo de energia elétrica em Portugal nos primeiros oito meses do ano. A hidroelétrica foi responsável por 28%, a eólica 25%, a biomassa 7% e a fotovoltaica 3,6%;

– A produção não renovável abasteceu 30% do consumo, repartida por gás natural, com 28%, e carvão, com 2%, enquanto os restantes 7% corresponderam a energia importada.

Os dados acima foram o mote da conversa de 09 de setembro, na qual Inês Sequeira, Diretora da Casa do Impacto, convidou Maria João Rodrigues, Diretora Técnica e Financeira da Lisboa E-Nova, e Nuno Brito Jorge, CEO & co-Founder da GoParity, startup da Comunidade da Casa do Impacto, para discutir acerca do papel, no presente e no futuro, das energias renováveis no panorama nacional.

Em Poderá Portugal ser o campeão das energias renováveis? | Thursdays with Impact foram realçados temas como a sustentabilidade energética das cidades, a educação dos cidadãos para o consumo eficiente da eletricidade, a pobreza energética e a inovação no sector.

Maria João Rodrigues começou por referir que “segundo dados da REN (…) tivemos um recorde de produção de eletricidade solar em agosto de 5,4%…”. Em intervenção posterior, Nuno Brito Jorge enfatizou que ainda que Portugal já seja um campeão nas energias renováveis por ter sido um dos primeiros países europeus a aposta nesta área e dos primeiros a ter mais de 50% das suas necessidades energéticas supridas por energias renováveis de forma consistente ao longo dos anos, ainda há um longo cominho a percorrer e muitas metas a atingir.

Quando questionada acerca das áreas-chave para uma cidade como Lisboa alcançar a sustentabilidade energética, Maria João Rodrigues afirmou que “temos três eixos para os quais podemos olhar (…) o primeiro é consumir energia de forma eficiente a nível das infraestruturas (…) o segundo é suprir as necessidades com a produção de energia renovável na maior dimensão possível (…) o último eixo é a alteração do comportamento das pessoas”. A Diretora da Lisboa E-Nova partilhou ainda que “Lisboa tem uma estratégia chamada “Lisboa Cidade Solar” e tem objetivos muito ambiciosos para 2030 de atingirmos 100 megawatts instalados na cidade (…) atualmente estimamos ter cerca de 8 megawatts instalados…”. Na Casa do Impacto ficaremos atentos a todas as alterações e melhorias feitas na cidade para podermos alcançar um futuro mais sustentável para os todos os moradores.

Descobre mais acerca da GoParity e da Lisboa E-Nova para ficares a conhecer estes projetos de impacto.

Revê a conversa aqui.

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