Perdeste as Thursdays with Impact de maio? Descobre tudo aqui!
Dedicamos este mês de maio ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (doravante ODS) 16 – Paz, Justiça e Instituições Eficazes. Para a concretização da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas foram delineados 17 ODS que são imperativos para um futuro sustentável, de forma a promover esta Agenda a Casa do Impacto organiza, mensalmente, as Thursdays with Impact, sessões dedicadas ao ODS em foco nesse mês.
O ODS 16 visa a promoção de sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas a todos os níveis. Descobre mais aqui.
A 6 de maio, Inês Sequeira, Diretora da Casa do Impacto, esteve à conversa com Bernardo Branco Gonçalves, Founder e CEO da MyPolis e Inês Alexandre, Talent Activator Manager na Girl Move Academy (anteriormente CEO e Diretora de Comunicação do Movimento Transformers), para discutir o papel do empreendedorismo e da inovação social na promoção da participação cívica das camadas mais jovens da sociedade.
Em Thursdays with Impact | O papel dos jovens e do empreendedorismo na participação cívica foram partilhados alguns dados recentes relativos ao ODS 16 no mundo:
– Os jovens não estão no centro das decisões políticas, embora quase metade da população mundial tenha menos de 30 anos
– Globalmente, menos de 6% dos membros parlamentares têm menos de 35 anos, e menos de 2% têm menos de 30 anos
– A idade média no parlamento é de 53 anos
– 2 de 3 países não consultam os jovens como parte do processo de preparação de estratégias de redução da pobreza ou planos de desenvolvimento nacional.
Fontes: https://www.un.org/youthenvoy/political-participation/
Bernardo Branco Gonçalves não hesitou em reforçar a importância da promoção de relações mais próximas entre os cidadãos e os representantes políticos, sendo que as tecnologias podem ser catalisadores desta proximidade, facilitando o acesso à democracia e política. “Não acreditamos num modelo em que a participação cívica de um cidadão é somente ir votar. O modelo tem de ser completado com mecanismos de democracia participativa. E em Portugal somos pontas de lança nisso, somos o país, per capita, com mais orçamentos participativos do mundo. Houve uma boa adoção deste mecanismo pelos municípios. Temos de envolver os cidadãos de forma mais continua e com novos instrumentos que lhes permitam ir participando para se sentirem parte do sistema.”
A inatividade cívica dos jovens, e não só, existe. Para Inês Alexandre este é um problema social que urge por uma solução, “a inatividade cívica dos jovens tem externalidades negativas infindáveis. É difícil explicar as consequências desta inatividade aos municípios, quais são as implicações diretas que isto tem no dia-a-dia dos jovens? Nós temos de nos importar com esta inatividade porque, enquanto não ensinarmos os jovens a pensar e a apresentar propostas e não trouxermos os líderes governamentais para esta conversa não vamos conseguir atingir um ambiente escolar mais saudável e mais capacitado.”
Para rematar, quando questionado sobre se sente que os jovens mostram interesse pela política, Bernardo Branco Gonçalves afirmou que “o sistema político atual não suscita interesse para a maioria dos jovens. E há uma razão, os jovens não se revêm totalmente nos canais tradicionais de participação que existem. É preciso encontrar respostas user-friendly, e não têm apenas de ser soluções digitais. Uma coisa é certa, é muito raro encontrar jovens que digam que não têm nenhuma ideia ou que não há nada que quisessem mudar na sua cidade. Os jovens têm muito para dizer, agora é dar-lhes o espaço certo.”
Revê toda a conversa aqui.
A 27 de maio, em Thursdays with Impact | Por uma sociedade mais sustentável: empoderar para a empatia, numa sessão promovida em conjunto com o Speak, um dos founding-partners da Casa do Impacto, Catarina Reis, Jornalista na Mensagem de Lisboa, conduziu uma conversa a nossa perceção e comportamento em relação ao desconhecido, com Marta Trindade, da equipa da ComParte, Diaby Abdourahamane, Pró da Integração da ComParte, e Mário César Silva, Co-fundador da Associação Môçes.
Nesta sessão, ficamos a conhecer duas organizações e projetos de impacto social que trabalham na área do empoderamento e assistência a indivíduos em situação de risco de exclusão social ou outras situações de grande vulnerabilidade.
A ComParte é um projeto, desenvolvido no seio da Fundação Maria Rosa, focado no envolvimento cívico e na transformação social. Enfatiza o contributo de cada um em prol da construção de estruturas sociais alinhadas com as necessidades de todos, promovendo, através de uma metodologia disruptiva, a participação dos cidadãos.
A Associação MÔÇES tem como objetivo a criação de programas de capacitação pessoal em contexto de aprendizagem colaborativa. Promove atividades artísticas artesanais e terapêuticas em parceria com entidades locais, tendo como público-alvo jovens em situação de risco de exclusão social ou de vulnerabilidade financeira, identificados através de escolas e outras instituições locais.
Revê a conversa aqui.
Com a definição deste ODS 16, a Agenda 2030 reconhece que promover formas de melhorar a vida em sociedade e a inclusão social são dos maiores desafios globais para atingirmos o desenvolvimento sustentável da sociedade.
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